O livro Relações de Gênero e Escutas Clínicas: Volume II produz problematizações sobre efeitos contemporâneos decorrentes da violência de práticas dessubjetivantes. Esta obra, que entrelaça o tema das relações de gênero com a escuta psicanalítica, é de suma importância, pois, a partir de um exercício de rigor, advêm as condições de vigência à psicanálise como a proposta mais forte gerada pela humanidade para analisar o sofrimento individual e, desde sua própria prática, denunciar o mal-estar vigente na cultura. É nessa direção que as escritas sensíveis dos capítulos que compõem este livro lançam luz ao risco inerente às práticas vigentes de dessubjetivação e de segregação, atreladas à enunciação de diagnósticos, às alianças de normatização/normalização, ao dogmatismo, ou seja, às práticas ancoradas em imperativos de indiferença frente aos quais, sem exceção, é necessário fazer trabalhar os paradigmas e a clínica psicanalítica, exercer constante pensamento crítico, impedindo, assim, os efeitos tanáticos do silenciamento e do desmentido. Nessa lógica, horizontes teóricos e clínicos diversos, compartilhados na escrita do livro, dão consistência ao ensejo de novas perspectivas em psicanálise.
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